Jornal Nova Geração

ESTRELA

Reuniões renovam esperança por moradias

Quase um ano depois da cheia de maio, beneficiários esclarecem dúvidas e buscam concretizar o sonho da casa própria

Reuniões para detalhar programas habitacionais mobilizaram mais de 880 famílias. (Crédito da imagem: ZIQUE NEITZKE)

Nessa última terça-feira, 14, beneficiários do programa habitacional Compra Assistida, em Estrela, participaram de reuniões organizadas pela Caixa Econômica Federal e pela Prefeitura. Os encontros ocorreram no Centro Comunitário Cristo Rei e foram divididos em dois momentos, voltados para diferentes públicos.

No primeiro encontro, estiveram presentes famílias habilitadas para o programa Compra Assistida, iniciativa do governo federal que possibilita a aquisição de imóveis já existentes. Já o segundo momento reuniu moradores do Bairro Moinhos, Loteamento Marmitt e Vila Tereza que enfrentam pendências para integrar o programa. O objetivo foi esclarecer dúvidas e apresentar outros projetos habitacionais, ampliando as possibilidades de acesso à moradia.

Com 886 famílias beneficiadas no município, apenas 300 possuem documentação completa e apta para a Compra Assistida. A prefeita Carine Schwingel reafirmou o compromisso da administração com a causa. “Nós não vamos dormir enquanto não conseguirmos dar a chave da casa para vocês”, destacou.

Processo de compra assistida

Servidora pública do Departamento de Habitação, Leila Origuella Castigioni, detalha o funcionamento do programa Compra Assistida. Cita que o município apresentou um plano de trabalho para 886 pessoas dos bairros Moinhos, Marmitt e Vila Tereza. Dessas, 300 estão elegíveis para o programa Minha Casa Minha Vida Reconstrução. “Elas podem adquirir casas prontas, que passam por avaliação de documentação e vistoria técnica realizada pela Caixa Econômica.”

A servidora destacou que pendências como erros em dados pessoais, endereços incorretos ou falta de liberação de auxílios podem ser sanadas com o auxílio do Departamento de Habitação. “Cada caso é tratado individualmente, e, uma vez regularizado, o beneficiário pode se encaixar nos programas disponíveis”, explica.

Além da Compra Assistida, o município conta com o programa Minha Casa Minha Vida pelo FAR Calamidades, que já tem aprovação para construir 800 unidades habitacionais. As primeiras 100 serão erguidas no Loteamento Nova Morada. Elas aguardam apenas a ordem de serviço da Caixa. As demais habitações deverão ser distribuídas em outros bairros da cidade, conforme planejado com a iniciativa privada.

Ainda segundo Leila, outros planos de trabalho estão em análise pela Defesa Civil Nacional, para abranger regiões como Oriental, Bairro das Indústrias, Chacrinha, Zona Rural e parte do Centro. “Quando aprovados, será possível dar andamento às inserções de mais famílias nos programas habitacionais”, afirmou.

Edital prevê a construção de 100 casas no Bairro Nova Morada

Como participar

Os interessados em adquirir imóveis pelo programa podem consultar o site imoveisavenda.caixa.gov.br para verificar opções disponíveis. Para outras dúvidas ou orientações, o Departamento de Habitação está à disposição pelo telefone (51) 9 8900-1413.

A servidora também mencionou a possibilidade futura de um projeto voltado à aquisição de terreno para a construção de moradias a famílias interessadas em construir. “Estamos trabalhando para ampliar as alternativas de acesso à moradia para todas as famílias de Estrela”, concluiu.

Na expectativa

Valdacir Josai Lautério, de 55 anos, está entre os beneficiários em busca do sonho da casa própria. Residente no Bairro das Indústrias antes da enchente, atualmente mora de aluguel no Bairro Imigrante. “A expectativa é muito grande, né? Tenho fé em Deus que vamos conseguir. Quero continuar morando aqui, onde construí minha vida por 40 anos trabalhando. Hoje estou aposentado e vivo com minha esposa, mas ainda espero por esse momento de ter minha casa própria”, comentou.

Já Milton Ledur, de 54 anos, enfrentou perdas irreparáveis durante a enchente. Antigo morador do Bairro Moinhos, ele e sua esposa, de 51 anos, perderam tudo o que tinham. Hoje, vivem de aluguel em um porão no Bairro dos Estados. “Foi muito rápido, não deu para salvar nada. Agora a gente está aqui para esclarecer as dúvidas e ver o que pode acontecer. A esperança é de finalmente ter um espaço nosso, uma casa para recomeçar”, disse.

Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: