O Rotary Club e o Lions Clube mostraram sua força e comprometimento com o Vale ao unir esforços para auxiliar as vítimas da enchente. Desde o início, os clubes de serviço desempenham um papel importante à comunidade ao fornecer e arrecadar alimentos, roupas e itens de higiene pessoal. Passado o tumulto inicial, as entidades estão determinadas a seguir com o suporte nos próximos meses, bem como buscar maneiras de reconstruir os lares.
Uma das primeiras atividades desenvolvidas pelo Lions Club foi o apoio à Cozinha Solidária, na Univates. “Fizemos nossas doações, principalmente, em itens de valor agregado maior, que são as proteínas”, explica o presidente do Lions Clube de Lajeado Florestal, Marcos Antônio de Almeida. Segundo ele, a Cozinha produz uma média de 1800 marmitas/dia, que são destinadas a pessoas de Estrela, Cruzeiro do Sul e Arroio do Meio.
Além disso, o grupo fez uma força tarefa junto ao Campo do Americano, para auxiliar na carga, descarga e separação de kits. Os membros também estiveram no Parque do Imigrante para cadastro das famílias e fizeram a captação de pix solidário.
Trabalho semelhante foi realizado pelo Rotary Club. Segundo o representante, Airton Bernhardt, a entidade dividiu em três etapas o projeto de ação no Vale. Na primeira, os membros se concentraram em arrecadar alimentos e montar uma cozinha emergencial junto ao CTG Raízes. “Boa parte destas viandas são destinadas a Arroio do Meio, que hoje tem dificuldades logísticas para receber alimentos”, destaca.
O grupo também destinou ao município, uma carga de medicamentos para o Hospital São José. E, em parceria com o Sincovat, montam um pavilhão para guardar os donativos e cestas básicas.
Um olhar para o futuro, por Rotary e Lions Clube
Ambos os clubes reconhecem que a solidariedade é um esforço contínuo e que as necessidades das vítimas das enchentes serão persistentes, que podem durar até um ano. Para o momento, pedem o apoio da comunidade para suprir necessidades pontuais, como fraldas geriátricas, fraldas infantis e absorventes. “Itens de higiene feminina são itens que não recebemos em quantidade. Eles são básicos de primeira necessidade”, salienta Almeida.
Outra questão importante, segundo Bernhardt, é conseguir pavilhões para armazenar móveis e colchões que serão doados para a região. “Temos mais de mil colchões para colocar. Imagino que o Lions também terá essa necessidade de onde vamos guardar”, explica.
Ao fazerem uma análise sobre o futuro do Vale, Rotary e Lions destacam a importância de repensar o planejamento urbano e a infraestrutura das cidades afetadas pela cheia. Ambos enfatizam a necessidade do trabalho conjunto do poder público, entidades de classe e a sociedade civil. “Nós também estamos pensando no futuro. O que não podemos hoje é permitir que se reconstruam casas nas áreas alagadiças, sem repensar as cidades”, afirma Bernhardt.
“Para quem perdeu tudo, o trabalho é um pouco mais complexo e extenso. Talvez teremos um ano de pessoas vivendo em abrigos, mas estamos nos preparando com fundo de reserva e o apoio de outras entidades e empresários de fora do estado que confiam na marca Lions”, destaca Almeida.
Interessados em auxiliar o Ratary e Lions Clube podem contatá-los pelas redes sociais ou fazer contato com o Grupo A Hora, que disponibilizará o contato direto dos entrevistados.