Jornal Nova Geração

VALE DO TAQUARI

Seminário aborda impactos e alternativas aos eventos climáticos no meio rural

Iniciativa do Grupo A Hora reunirá especialistas no Colégio Teutônia para discutir soluções que visam mitigar danos de eventuais enchentes e secas no campo

Será a primeira edição do Seminário Pensar o Vale orientado ao agronegócio. Evento ocorre na terça-feira, 30. (Crédito da imagem: arquivo Grupo A Hora)

Chiqueiros, aviários e tambos de leite inundados pela lama. Lavouras inteiras invadidas e arrasadas pela força da água. Residências e galpões destruídos às margens de rios e arroios. Animais mortos. A dura realidade enfrentada pelo campo nas enchentes de 2023 motiva um debate promovido pelo Grupo A Hora no dia 30 de abril, em busca de soluções efetivas.

Será a primeira edição do Seminário Pensar o Vale orientado ao agronegócio. Com o tema “os abalos ambientais e o impacto no campo do Vale do Taquari”, o evento contará com dois painéis. A programação também tem o apoio do Colégio Teutônia – sede do evento –, do escritório regional da Emater/RS-Ascar e da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC-VT) e patrocínio da Reinigend Química e Sicredi Ouro Branco RS/MG.

Conforme o diretor Editorial e de Produtos do A Hora, Fernando Weiss, o agronegócio é um dos pilares da economia regional e, por isso, se faz necessário um debate permanente sobre o impacto dos eventos climáticos sobre o campo. Lembra que as enchentes históricas direcionam para uma mudança de comportamento e de ocupação das margens a fim de evitar perdas recorrentes.

“Essa água que inunda cidades e campos faz falta em tempos de estiagem. Faz tempo, a região fala em projetos capazes de amenizar os prejuízos da seca, aproveitando a abundante água durante os períodos da chuva em reservatórios”, afirma. O seminário busca despertar na comunidade a consciência sobre o impacto das mudanças climáticas no campo. Os painéis abordarão sobre como os fatores externos afetam as propriedades e como mitigar perdas, além de como preparar as propriedades para conviver com situações extremas.

Alternativas para o campo

Diretor do Colégio Teutônia, Mauro Alberto Nüske, destaca que o seminário é a continuidade de um evento que busca pensar e planejar alternativas para enfrentar as mudanças climáticas de forma coletiva, com o olhar para os impactos na natureza e na área rural.

“Nessa perspectiva, o Colégio Teutônia apoia e sedia o mesmo pelo compromisso que tem desde sua origem, quando surgiu como instituição formadora de capatazes rurais, e que, ao longo de sua história, contribui para a qualificação de pessoas e profissionais nesta região que é considerada o Vale dos Alimentos”, pontua.

Nüske ressalta que não é possível controlar as variáveis quanto a fatores externos, mas é possível minimizar as consequências. “Por meio do compartilhamento de experiências, pensamento proativo e tecnologia, unindo forças para a superação dos desafios, minimizando perdas e o sofrimento das famílias”.

Planejamento

Coordenador adjunto do escritório regional da Emater/RS-Ascar, Carlos Lagemann destaca a importância de ser parceira em um evento deste viés, em virtude dos extensionistas estarem, diariamente, no meio rural, ao lado dos agricultores. Para ele, o momento é pertinente para essa discussão junto a outras entidades e lideranças.

“Essa proposta é muito relevante, do ponto de vista de analisar o que pode ser feito fora da propriedade. Seja na construção de políticas públicas adequadas, nas obras que possam ser feitas, em colocar a disposição ferramentas com previsões que permitam a tomada de decisão do agricultor. Fazer com que tenha um planejamento mais profissional”, salienta.

Lagemann espera que o seminário leve ao agricultor o conhecimento necessário para colocar esse trabalho em prática. “Hoje, toda a economia está globalizada e a agricultura é impactada pela questão mundial. Ele tem que saber o que ocorre em outra região que não a nossa para se planejar e avaliar se é momento de investir ou não”.

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