As condições de segurança no trecho próximo ao cruzamento entre as ruas João Inácio Sulzbach e Henrique Uebel preocupam os moradores daquele ponto. Um grupo se reuniu para fazer um abaixo-assinado, para pedir um dispositivo para controle da velocidade. Cerca de 30 pessoas assinaram o documento, que foi entregue aos vereadores.
Uma delas foi a manicure Mônica Winckelmann, 43, que mora há quase 20 anos na esquina entre as vias e relata inúmeros acidentes no local. Parte das grades da residência com cores mais novas em relação às demais revelam as trocas que foram necessárias em função dos incidentes. A rotina é de vigilância constante, sempre que o som de um veículo em alta velocidade se sobressai. “Não posso mais deixar meus filhos brincarem dentro do pátio, porque não tem segurança nenhuma.”
A reivindicação começou no ano passado, quando foi encaminhada uma petição à câmara. A moradora conta que, diante da falta de respostas, surgiu a ideia do abaixo-assinado. “O movimento iniciou pela nossa própria insegurança. Cada semana é um acidente. Que tomem providências pelo número de acidentes que ocorrem.”
Mesmo com sinalização que indica a velocidade máxima de 40 km/h na Henrique Uebel, e placas de pare e faixas elevadas posicionadas na João Inácio Sulzbach, os moradores flagram vários momentos de desrespeito. “Te convido para vir aqui sentar e observar durante uma tarde, que as pessoas não param. É um filme de terror”, diz Mônica.
Em alguns casos, os acidentes são resultado da tentativa de desviar de pedestres. “O último deles o motorista desviou e quase bateu em um poste, para não atropelar uma mulher que vinha na faixa de segurança”, conta Mônica.
A proposta é a instalação de um redutor de velocidade ou mesmo uma lombada, no trecho da Henrique Uebel. O assunto também está em uma indicação do parlamentar Valderês Oliveira da Rosa (PSD), que pontuou um acidente mais grave ocorrido no dia 25 de agosto.
Constante avaliação
O Departamento de Trânsito afirma estar atento ao local. O coordenador do setor, Frederico Diehl, lembrou a existência dos dispositivos em ambas as ruas, mas admite a possibilidade de implementar melhorias, sobretudo para minimizar os excessos. “É realmente uma esquina crítica, que mesmo bem sinalizada os motoristas acabam não respeitando.”