Jornal Nova Geração

ECONOMIA PESSOAL

Sete em cada dez consumidores admitem comprar por impulso

Estudo da Serasa mostra que 72% se arrependem depois de uma compra sem justificativa. Especialistas alertam para a necessidade de controlar emoções e adotar técnicas de educação financeira

Compras por impulso pela internet estão entre as vilãs do controle financeiro pessoal. Especialistas dão dicas de como passar o mês e evitar entrar no vermelho. (Crédito da imagem: Filipe Faleiro)

“Eu sabia que não precisava. Estava um pouco triste e comprar um sapato novo pela internet foi como algo bom naquele momento”. As palavras da secretária Lúcia Quadros ilustram um dos comportamentos dos consumidores: a compra por impulso.

Esse tipo de gasto é mais comum do que se imagina. É o que aponta o estudo inédito da Serasa. De acordo com o levantamento, de cada dez pessoas, sete admitem terem comprado sem motivo racional.

Deste total, 72%, arrependem-se depois. Conforme a psicóloga do dinheiro, Valéria Meirelles, esse hábito revela um sentimento generalizado de ansiedade. “Vivemos em meio a um mundo inquieto e sob a sedução do consumo. Quando compramos algo, existe uma espécie de alívio dessa sensação, um prazer, mesmo que momentâneo.”

Porém, essa vontade de compensar alguma tristeza com pequenas compras, costumam impactar em dificuldades nas finanças pessoais no fim do mês. De acordo com a psicóloga, o desafio é entender quais emoções estão ligadas ao desejo de compras. “Antes de comprar por impulso, a pessoa precisa se dar conta.”

Às vezes, esperar um pouco, fazer outra coisa, como tomar uma água, caminhar, desligar o telefone, em especial nas compras pela internet, podem ser uma saída para acalmar o impulso.

Educação financeira

Além dos motivos emocionais para compras imprevistas, outra forma de frear esses estímulos é por meio da educação financeira. “No caminho para retomar o controle, o primeiro passo é criar uma lista de itens essenciais”, diz a educadora financeira, Natália Cunha.

Para alertar sobre os descuidos com compras impulsivas, a Serasa lançou a campanha “Agosto infinito, mas o salário não”. Por ser o mês mais longo do ano, há um histórico de aumento nas taxas de inadimplência.

Manter um bloco de notas, seja pelo celular, ou no caderno, são aliados importantes para se ter uma noção do que são gastos necessários daqueles sem necessidade, afirma a especialista.

Desafios para economizar

Cerca de 33% dos consumidores no país admitiram não ter renda suficiente para pagar as despesas de agosto. Como forma de auxiliar as pessoas, a campanha “Agosto é infinito, mas o salário não”, propõe desafios semanais para controle das despesas.

Por meio de vídeos nas redes sociais, a equipe técnica da Serasa aborda temas como gastos com delivery de lanches, assinaturas em serviços de streamings, evitar compras pela internet, além de gastos em restaurantes e festas.

Detalhes

Estudo inédito da Serasa faz parte da campanha “Agosto infinito, mas o salário não”, que propõe desafios semanais para melhorar as finanças

  • Conforme estudo da Serasa, sete em cada dez pessoas admitem comprar por impulso e se arrepender em seguida.
  • A situação traz dificuldades para o orçamento pessoal e familiar.
  • Agosto é um dos meses com mais aumento nas taxas de inadimplência.
  • De acordo com o levantamento, 33% dos consumidores afirmaram que a renda seria insuficiente para cobrir as despesas deste mês.
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