ESTRELA – Em fevereiro de 2020 o Jornal NG noticiava a paralisação das esteiras de triagem da Usina de Tratamento de Lixo (UTL) diante da condenação de prensas pela má conservação. Um ano depois, o local parece outro, resultado da Parceria Público Privada adotada ainda em 2020.
Com a concessão, a prefeitura passou a pagar pelo lixo recolhido e processado, o que gera economia aos cofres públicos pois a operação global da UTL agora é de responsabilidade de uma empresa de Lajeado, vencedora da licitação e que assumiu em outubro.
À frente da administração da UTL Elisabeth Giovanella destaca que, neste período, mais de meio milhão já foram investidos no local. Inaugurada em 2000, a usina enfrentava diversos problemas estruturais e de maquinário. Uma curiosidade da reforma do local é que apenas para limpar o forro, que estava repleto de teias de aranha, quase R$ 24 mil e três semanas de trabalho foram necessários.
LICENCIAMENTO
No momento, para que a esteiras de triagem possam voltar a funcionar e a célula possa ser concluída, a empresa aguarda a licença operacional emitida pela Fepam. Enquanto isso, o lixo está sendo depositado diretamente na célula, como já vem ocorrendo desde a paralisação das esteiras, mas agora com a utilização de um veículo adequado para a compactação dos materiais, o que prejudica menos o tempo útil da célula. “Achávamos que em 45 dias estaríamos fazendo tudo, mas a realidade não é essa, tudo tem etapas e normas”, destaca Elisabeth.
A reportagem do NG entrou em contato com a Fepam para entender se há uma previsão da liberação da licença, mas não recebeu retorno até o fechamento da edição.
CONTRATAÇÕES
Assim que a UTL entrar em plena operação, cerca de 18 funcionários devem atuar no local, divididos entre diversos setores. Não é excluída a possibilidade de que servidores que já atuavam sejam recontratados, mas a única certeza é de que todos serão de Estrela.
Novas prensas e reformas
Em alguns meses a empresa conseguiu realizar melhorias que não foram possíves em anos, devido ao alto investimento. Elétrica nova, pintura, reforma estrutural, construção de sapatas, compra de prensas, materiais para refeitório, novos uniformes e EPI’s, entre outras. “Só na célula serão mais R$ 400 mil, fora o valor posterior quando estiver cheia, para fechamento.”
Em uma nova prensa, que tem norma NR12, foram investidos R$ 50 mil e ela possivelmente não será a única no local. “Ela tem um sensor, que enquanto a porta não fechar, ela não baixa. É totalmente segura para os funcionários”, explica Elisabeth.
Contando os dias úteis e sem chuva, desde a data em que a empresa assumiu, foram 90 dias de trabalho para a reforma, que ainda não terminou. “Considero que ficaremos em obra por um ano até que tudo esteja finalizado. Quero que esse local possa ser referência, que as crianças possam vir aqui visitar e entender mais sobre a importância da separação do lixo, da destinação correta. Trabalhando em equipe chegaremos lá”, destaca.
RESPONSABILIDADES
A empresa tem a operação da UTL por 15 anos e é responsável por receber o resíduo urbano, fazer a triagem, separação e destinação final do rejeito na célula. Já a fiscalização é a cargo da prefeitura.
A terceirizada também precisa realizar obras de ampliação e operação, que já estão sendo feitas, e é responsável por máquinas e recursos humanos necessários ao monitoramento, vigilância e cumprimento de todas as normas técnicas e ambientais.
FOTOS DE FEVEREIRO DE 2020:
FOTOS DE FEVEREIRO DE 2021: