Com a nominata de secretários estaduais quase fechada, o governo de Eduardo Leite mantém Rafael Mallmann (Serviços Urbanos e Metropolitano) e Marjorie Kauffmann (Meio Ambiente) nas funções. Além disso, a professora da Univates, Simone Stülp, é promovida, de adjunta passa a ser a secretária da Inovação, Ciência e Tecnologia.
Na análise interna do governo, tratam-se de áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável, tecnológico e de serviços fundamentais à população. Junto com isso, a preferência pelos nomes do Vale também tem o propósito de aproximar a região das decisões do Estado. “Para mim foi uma surpresa. Eu havia passado todos os dados à transição, estava certo que sairia. Na noite de quinta-feira (28 de dezembro), o governador me ligou”, relembra Rafael Mallmann.
No setor ambiental, a engenheira florestal Marjorie Kauffmann afirma: “a recondução renova compromissos e aumenta a responsabilidade”. Para ela, o desafio é continuar as políticas iniciadas. Frente às questões ligadas aos períodos de estiagem, ressalta a necessidade de programas efetivos de irrigação à produção primária.
Quanto à ciência e tecnologia, Simone Stülp aceitou a função de secretária estadual. A professora universitária já foi coordenadora adminstrativa do Tecnovates e chegou à primeira experiência em função pública no primeiro mês de 2022.
“Sempre trabalhei na interface entre universidade, sociedade e empresas. Mas nunca havia imaginado entrar em uma função pública”. Pelo relatório de atividades, uma das ações que devem ter continuidade é o Avançar na Inovação.
De 2019 a 2022, programas para acelerar os negócios resultaram em um investimento de R$ 191 milhões no RS. Dos quais, R$ 13,7 milhões para o Vale do Taquari. Junto com isso, a equipe da secretaria organiza o South Summit Brasil 2023, marcado para março em Porto Alegre.
Representatividade
Por característica, o Vale do Taquari tem representantes de instituições sociais e públicas com papel estratégico e de defesa dos interesses regionais. Porém a organização social encontra dificuldades em conseguir eleger parlamentares.
Com os nomes no secretariado, é possível aproximar as demandas locais do debate no centro do governo, afirma Mallmann. “Temos, sem dúvida, de atuar olhando para todas as regiões. Ainda assim, continuamos ligados à região. Faz parte do nosso cotidiano, das pessoas que falamos. Então, os assuntos relacionados ao Vale fazem e continuarão fazendo parte do debate do governo.”
O cientísta político, Fredi Camargo, tem uma visão similar. Para ele, ter secretários, na área administrativa, por vezes pode ser mais benéfico do que algum nome no próprio parlamento. “Se o deputado de uma região é de oposição, não adianta muito. É melhor ter nomes no alto escalão do governo, inclusive para dar mais presença e rapidez para atender demandas específicas.”
Primeiro governo reeleito
Para Camargo, o governador Eduardo Leite tem o maior desafio da história por ter sido o único reeleito ao Piratini. “O que era uma façanha agora é uma adversidade. O governador não terá desculpa da gestão passada, de reformar algo errado.”
Na avaliação dele, o governador tem a necessidade de fazer uma gestão melhor na comparação com a primeira administração. Nisso há uma vantagem em saber como está o funcionamento da máquina.
Secretariado confirmado
Serão 26 pastas. Cláudio Gastal segue até o fim de janeiro. Depois sai para assumir a presidência do BNDES. Falta apenas Habitação e Regularização Fundiária.