A denuncia apresentada pela secretária de Desenvolvimento Social e Habitação, Renata Cherini, e pela diretora da pasta, Tatiana de Oliveira, contra o vereador Volnei Zancanaro (União Brasil) deve ser analisada somente no retorno das sessões ordinárias, em fevereiro de 2024. O parlamentar solicitou vistas ao processo na noite desta segunda-feira, 18, sob a justificativa de estudar melhor o documento e elaborar defesa administrativa.
A partir de agora, a denúncia retorna à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e deve ser apresentado em fevereiro, após análise técnica. Caso a acusação seja aceita pela maioria, três vereadores são sorteados para instituir uma Comissão Parlamentar Processante (CPP).
A última sessão ordinária do ano também contou com protesto de moradores a favor das ações de Zancanaro. Cerca de 40 manifestantes estiveram presentes no Legislativo. Com uma hora e meia de atraso, o presidente da câmara, Felipe Schossler (PTB), iniciou os trabalhos após a chegada da Brigada Militar (BM) para garantir a segurança no plenário.
O afastamento de Renata e Tatiana dos cargos até que o processo seja encerrado também foi solicitado por Zancanaro. No entanto, o pedido por reprovado com dez votos contrários.
Relembre o caso
Um documento detalhado com denúncia por assédio moral e ameaça, bem como o pedido de cassação de mandato do vereador Volnei Zancanaro foi protocolado na câmara de Estrela em 13 dezembro. A queixa partiu da secretária de Desenvolvimento Social e Habitação, Renata Cherini, e da diretora da pasta, Tatiana de Oliveira.
De acordo com o documento, as servidoras do Desenvolvimento Social foram alvos de ameaças e constrangimento. Os casos teriam se intensificados a partir das enchentes de setembro e novembro, por meio de ligações e áudios em tom agressivo via aplicativo de mensagens. As autoras da acusação também alegam que o vereador tentou se aproveitar de benefícios de apoio a atingidos pelas cheias, por meio de leis que ele participou das aprovações, como aluguel social.
Em resposta, Zancanaro afirmou que encaminhou os áudios para cobrar explicações sobre o pagamento do aluguel social. O parlamentar destaca que também enviou um pedido de informações ao Executivo para esclarecimentos sobre o pagamento dos recursos arrecadados vias Pix, mas não obteve resposta.