A construção da usina de asfalto da CCR ViaSul avança para uma das etapas mais importantes. Com a chegada do equipamento que auxiliará na fabricação do material, a expectativa é disponibilizar a estrutura até o final de 2022. Para isso, os primeiros profissionais para atuar no local serão contratados nas próximas semanas.
A usina é a primeira com produção gravimétrica na região Sul e a terceira do Brasil – e primeira do Grupo da qual a concessionária faz parte. O coordenador de engenharia, Eduardo Meirelles, afirma que o empreendimento vai suprir uma necessidade nas obras de duplicação e da faixa adicional na BR-386. “Estamos trazendo como uma inovação dentro do grupo.”
O equipamento vindo da Alemanha vai permitir que a empresa otimize a fabricação de asfalto e reduza a necessidade de matéria-prima, uma vez que será possível reutilizar material usado. Além do viés econômico, o projeto tem um olhar voltado à sustentabilidade. “Iniciamos a operação com a utilização desse material fresado, como parte do produto final”, explica.
A empresa trabalha com um cenário inicial de até 25% de uso do material reciclado. “Estudos acadêmicos no exterior mostram que pode ser utilizado 100% desse resíduo”, acrescenta Meirelles. Ele garante que o processo neste formato prevê maior qualidade no produto final. “Na maioria do país, as usinas operam com método volumétrico, mais simplificado”, completa.
O gestor valoriza o fato de poder contar com uma ferramenta de grande tecnologia para dar suporte às atividades rotineiras da equipe. “Mesmo com toda a adversidade da pandemia e da guerra na Ucrânia, conseguimos trazer um equipamento de tão longe”, pontua.
A tendência é que na primeira quinzena de setembro técnicos estrangeiros – vindos da Espanha e países da América Latina – auxiliem na montagem e testes do equipamento.
Uso do estoque de asfalto
Quem transita pela BR-386 certamente já observou montes de asfalto às margens de vários pontos. Desde o início da concessão, em 2019, a concessionária estoca material nesses locais, chamados canteiros de espera, com a projeção de ter a nova tecnologia à disposição.
“Pensamos na economia circular com a construção da usina. Deixaremos de consumir materiais naturais como pedra e agregado”, projeta o gestor.
A ideia da CCR ViaSul é disponibilizar o material fabricado na usina para todo o trecho da rodovia concedido à empresa, entre os quilômetros 178 e 446. “Será apenas para consumo próprio, sem comercialização do asfalto produzido”, garante Meirelles.
Busca por mão de obra
A nova usina vai gerar cerca de 20 vagas de emprego. Na construção, são 30 profissionais de três empresas atuando, mas Meirelles aponta a necessidade de qualificação dessa equipe. “A região de Estrela e Lajeado, tem um polo industrial muito forte. Acreditamos que a mão de obra que necessitamos encontraremos na região.”
Ele destaca que operadores, torneiros, eletricistas, entre outras atividades, devem ser recrutados. O processo de contratação deve começar nos próximos dias. Serão serviços terceirizados, a exemplo do que ocorre nas obras feitas pela concessionária. “Os demais treinamentos específicos serão dados por nós”, completa.